Comité para a abolição das dívidas ilegítimas

Contrariamente ao que muitos crêem, o Banco Mundial e o seu irmão gémeo, o Fundo Monetário Internacional (FMI), não têm por missão combater a pobreza ou contribuir para o desenvolvimento dos países do Sul Global.

Cada contrato de empréstimo do Banco Mundial (e bem assim do FMI) traz consigo um conjunto de condicionalismos políticos, geralmente conhecidos por «ajustes estruturais» ou políticas de austeridade, como se viu por três vezes no caso português (1977, 1983, 2011).

Baseando-se em dados históricos e documentos produzidos pelo próprio Banco Mundial, o autor demonstra o papel nefasto desta instituição desde 1944.

Além do seu carácter documental, a História Crítica do Banco Mundial é um livro militante: segundo Éric Toussaint, o BM e o FMI não podem ser reformados – deve ser criada uma alternativa de apoio financeiro, capaz de suportar as necessidades de desenvolvimento dos estados carenciados, de forma a proteger a sua independência económica, social e cultural, acabar com as desigualdades sociais (incluindo as de género) e contribuir para a resolução da crise climática.