24 de Julho de 2024 por CADTM International
O CADTM denuncia a brutalidade e violência da repressão violenta contra os manifestantes estudantes que protestavam contra as cotas de emprego impostas pelo governo de Bangladesh. Mais de 150 mortes foram registradas, enquanto milhares de manifestantes ficaram feridos. Em um país onde cerca de 40% dos jovens não têm emprego e têm acesso limitado à educação, o movimento estudantil está em peso nas ruas, manifestando contra a decisão que permite cotas de admissão em cargos do serviço público. O primeiro-ministro impôs o toque de recolher em todo o país, ordenou aos militares de atirar à vista e fechou quase todos os canais de comunicação, inclusive a Internet.
O CADTM denuncia qualquer ação do governo de Bangladesh que prejudique as liberdades civis. Apesar do uso de gás lacrimogêneo, granadas de atordoamento e munição real pela polícia, os estudantes continuam manifestando nas ruas.
Os protestos maciços dos estudantes aconteceram quando o governo, seguindo uma decisão da Suprema Corte, anunciou a reintrodução de «cotas» para empregos públicos, indicando que 30% desses empregos seriam reservados para descendentes daqueles que são considerados «heróis da guerra da independência» (1971). Esse sistema de «cotas» estava suspenso desde 2018, quando uma onda de protestos contra ele também encheu as ruas.
Milhares de estudantes de todas as universidades inundaram espontaneamente as ruas de Dhaka, Chittagong e outras cidades. Vindos da Universidade de Daca, de Jahangirnagar, de Rangpur e de Cumilla, os jovens manifestaram nas principais avenidas da capital de 30 milhões de habitantes. O movimento ganhou força rapidamente e atraiu estudantes do ensino médio e de faculdades do interior do país.
Outrora vitrina das reformas neoliberais, a economia de Bangladesh está passando por uma crise desde meados de 2022. Essa crise resultou em alto índice de desemprego, inflação e queda das reservas de divisas, o que obrigou o governo a pedir socorro ao FMI.
O governo da Liga Awami, liderado por Sheikh Hasina, queridinho do capital nacional e internacional, já havia adotado medidas autocráticas severas, praticamente acabando com os poucos vestígios de democracia popular nessa república politicamente frágil. O ataque brutal aos protestos estudantis supera toda a violência anterior.
O CADTM se solidariza com as famílias dos estudantes mortos e feridos. Também exigimos:
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