Comité para a abolição das dívidas ilegítimas

Duas centenas de organizações sociais, coligações, campanhas, sindicatos e organizações de cidadãos do mundo inteiro subscreveram o manifesto. Além do CADTM, outras grandes redes assinaram:

• Campanha mundial para reconquistar a soberania dos povos, derrubar o poder das empresas e pôr fim à impunidade, https://www.stopcorporateimpunity.org/ ;
• Associação Internacional para as Políticas de Saúde (AIPS) (International Association of Health Policy – IAHP), https://iahponline.wordpress.com/ ;
• Assembleia Internacional dos povos (AIP), https://twitter.com/asambleapueblos ;
• Rede Internacional Sindical de Solidariedade e Lutas, www.laboursolidarity.org/ ;
• Diálogo dos Povos (rede sul-sul), https://www.peoplesdialogue.org/about/ ;
• Movimento Popular pela Saúde (People’s Health Movement), https://phmovement.org/ ;
• Ágora dos habitantes da Terra, https://agora-humanite.org/ ;
• Transnational Institute (TNI), https://www.tni.org/en/transnational-institute
• Marcha Mundial das Mulheres, https://marchemondiale.org/
• e várias organizações nacionais ATTAC, entre outras.

Para o CADTM, é essencial retomar a iniciativa lançada após Seattle em 1999, que defendia firmemente que «o mundo não é uma mercadoria». A saúde tão-pouco é uma mercadoria e «um outro mundo é (ainda) possível»

A importância deste manifesto é evidente, pois é essencial eliminar as patentes sobre as vacinas privadas. E é muito urgente, dada a situação dramática em vários países do Sul. Mas é também muito importante ir mais longe; levantar as questões ligadas às profissões essenciais e ao papel vital desempenhado pelas mulheres. A questão das grandes empresas farmacêuticas é outro problema central, já que libertar as patentes significa também pôr em causa as «Big Pharma». As empresas farmacêuticas devem ser um serviço público, sujeito ao controlo dos Estados e dos cidadãos, a fim de evitar o que se passa actualmente com as políticas escandalosas da Pfizer, AstraZeneca, Moderna e Johnson & Johnson.

É igualmente essencial repor em questão o reembolso da dívida, pois em numerosos países o reembolso da dívida pelos governos passa à frente do aumento das despesas e investimentos na saúde, na melhoria da saúde pública.

É necessário taxar as grandes fortunas e as grandes empresas, como as GAFA (Google, Apple, Facebook e Amazon) e as BIG PHARMA, que acumulam lucros gigantescos graças à pandemia.

De certa maneira, para o CADTM, é essencial retomar a iniciativa lançada após Seattle em 1999, que defendia firmemente que «o mundo não é uma mercadoria». A saúde tão-pouco é uma mercadoria e «um outro mundo é (ainda) possível». É essencial relançar um movimento altermundialista a partir de uma base sólida, como aconteceu em 2000/2001.