18 de Outubro por Conferência Internacional Antifascista- POA 2026

Plenaria da Conferencia Antifascista
Evento reunirá forças progressistas e entidades populares em março de 2026 para discutir estratégias globais contra o neofascismo e o imperialismo.
Na noite de terça-feira (14), a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul foi palco de um encontro que promete marcar o calendário das lutas progressistas internacionais. A Plenária Geral de Construção da 1ª Conferência Internacional Antifascista reuniu militantes, parlamentares e representantes de entidades populares para dar forma a um evento que ocorrerá de 26 a 29 de março de 2026, em Porto Alegre.
O propósito central da plenária foi ampliar e incorporar, de forma imediata, novas organizações, entidades, movimentos sociais e sindicatos ao processo de construção da conferência. A mensagem foi clara: o comitê organizador atual – composto por PSOL, PT, PCdoB, Cpers, Adufrgs e MST – é apenas o núcleo inicial que convocou o encontro, mas a 1ª Conferência Internacional Antifascista será uma construção coletiva e aberta a todas as forças dispostas a participar.
A partir desta plenária, a conferência passa a ser chamada e fortalecida por um número crescente de entidades e organizações que já manifestaram apoio e adesão à iniciativa, (veja abaixo).
Após uma série de debates, o comitê chegou a seis eixos que podem basear as mesas principais da programação. Mas trata-se ainda de uma definição inicial que deve ser compartilhada e discutida pelos parceiros internacionais da iniciativa. Será com eles que será finalmente resolvido o formato. São eles:
– A Ofensiva da Extrema Direita no Mundo: Causas, Consequências e Desafios
– A Luta Anti-imperialista e o Internacionalismo Entre os Povos
– O Brasil sob o Ataque do Imperialismo e do Neofascismo
– O Combate à Extrema Direita na América
– A Questão Palestina
– Resistências, Articulações e Alternativas
As demais atividades, conforme explicaram os participantes, serão construídas de forma colaborativa pelas entidades aderentes.
“A ideia é que essas pessoas que estão aqui, essas entidades que se somam, realmente tomem para si a conferência e façam outras atividades no centro, nas periferias, nas universidades, nas ocupações”, destacou a presidente do PSOL do Rio Grande do Sul, Gabi Tolotti, militante que recentemente integrou a Flotilha Global pela Palestina. “Em breve serão abertas as inscrições para as atividades autogestionadas. Quanto mais atividades tiver, mais forte e mais gente vamos envolver”, completou.
O vereador Roberto Robaina (PSOL-RS) relembrou que a conferência já havia sido planejada para 2024, mas precisou ser suspensa devido às enchentes no estado. Agora, com a retomada, a meta é ampliar o alcance e o engajamento internacional.
“O mais importante dessa reunião é incorporarmos as organizações, entidades e partidos que queiram ser parte. A conferência antifascista deve ser ampla, unir muitas forças, porque não há campo mais decisivo que o antifascista”, explicou. Robaina destacou ainda que Porto Alegre tem condições simbólicas e históricas para sediar o encontro. “Não tem como vencer o fascismo simplesmente no terreno eleitoral. O fascismo se derrota na relação de forças, e, em última instância, é a rua que decide. Precisamos politizar a sociedade, colocar o conceito da luta antifascista e anti-imperialista na rua”, afirmou.
O dirigente comunista Raul Carrion (PCdoB) defendeu que a conferência una as lutas contra o fascismo e o imperialismo, que ele definiu como “irmãos siameses”. “O imperialismo norte-americano se tornou avassalador, belicista. Por isso, chegamos a um consenso de que esta conferência também deve afirmar a soberania dos povos. Ela será, portanto, a 1ª Conferência Internacional Antifascista pela Soberania dos Povos”, disse. arrion também antecipou a intenção de criar espaços temáticos sobre juventude, educação, opressão racial e feminina, além da luta dos trabalhadores contra o neoliberalismo.
O presidente do PT de Porto Alegre, Rodrigo Dilélio, destacou que o processo de construção da conferência será coletivo e plural. “Vamos dar início a um processo de consultas, sedimentação de uma programação mais ampla e que possa ser palco também de ações autogestionadas, tal como na ocasião do Fórum Social Mundial”, afirmou.
A plenária também serviu como espaço para coletar apoios de instituições, sindicatos e organizações populares que desejam participar da construção do evento – seja com infraestrutura, força de trabalho ou propostas de atividades.
Mais do que um encontro, a 1ª Conferência Internacional Antifascista nasce como uma trincheira de resistência e esperança, disposta a retomar o espírito do Fórum Social Mundial e a reafirmar Porto Alegre como território de luta, solidariedade e organização popular global.
Primeira lista de entidades que vão construir a 1ª Conferência Internacional Antifascista:
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Fonte: antifas2026.org