Quando Einstein chamava «fascistas» a quem governa Israel há 44 anos

1 de Novembro de 2023 por Yorgos Mitralias


Decidimos republicar este texto, por ser hoje ainda mais actual e útil do que quando o publicámos pela primeira vez em agosto de 2021. De facto, Netanyahu e o seu governo estão a fazer tudo quanto podem para confirmar plenamente o que Einstein já tinha constatado em 1948: que Menahem Begin e os seus amigos do Likud, dos quais Netanyahu é o herdeiro ideológico e fiel continuador das suas políticas, são «fascistas», «racistas», «criminosos» e «terroristas» que inevitavelmente conduzirão Israel à «catástrofe final».

Não temos a mais pequena dúvida de que se Einstein ainda fosse vivo, estaria hoje na primeira linha das manifestações de apoio aos Palestinianos de Gaza, ombro a ombro com os admiráveis jovens judeus e judias do movimento If Not Now, ao qual pertenceria com orgulho. E que estaria de acordo com outro grande judeu, único dirigente sobrevivente da insurreição do gueto de Varsóvia, co-fundador do lendário sindicato polaco Solidarnosc, Marek Edelman, quando ele traçou um paralelo entre a insurreição do gueto de Varsóvia e o combate dos Palestinianos.

Evidentemente, não é por acaso que as fotografias das actividades do movimento judaico pró-palestiniano If Not Now já ilustravam o nosso texto há mais de dois anos. Desde então, centenas de outros jovens judeus vieram engrossar as fileiras desse movimento anti-sionista, capaz actualmente de mobilizar milhares de manifestantes em quase todas as paragens dos EUA, ao ponto de a grande dama do povo palestiniano Hanan Ashrawi fazer o seu elogio na Al Jazeera (29/10/2023), sublinhanfo a importância da sua luta para os Palestinianos neste terrível momento da sua história. Seguramente o seu combate exemplar representa mais do que um raio de esperança, nas trevas do nosso século…



Que diríeis vós se o tristemente célebre racista e anti-semita primeiro-ministro húngaro Victor Orban acusasse Einstein de … anti-semitismo? E também Hannah Arendt? E ainda o mais emblemático dos escritores do Holocausto, o italiano Primo Levi? Impensável e inimaginável? Não, nem por sombras. Basta pensarmos que é exactamente o que se passa actualmente, e até à escala mundial. E não só da parte de Orban, mas também de diversos racistas e anti-semitas notórios que, com a bênção de instituições de todas as espécies, colam a etiqueta de anti-semita nos seus adversários políticos – geralmente antifascistas, anti-racistas, e de esquerda –, a fim de os destruir.

Não se trata de um acontecimento marginal e circunstancial, mas sim de uma verdadeira máquina de guerra posta em marcha, nos últimos 3-4 anos, pelos meios de direita, de extrema direita e até social-democratas que visam abater os seus adversários progressistas, reais ou imaginários. Por exemplo, entre outros, o britânico Jeremy Corbin (que finalmente conseguiram fazer desaparecer), o francês Jean-Luc Melenchon (que sobreviveu mas severamente traumatizado), ou o americano – e judeu – Bernie Sanders (que resistiu e os pôs em fuga, graças ao apoio muito activo Activo Em geral o termo «activo» refere um bem que possui um valor realizável, ou que pode gerar rendimentos. Caso contrário, trata-se de um «passivo», ou seja, da parte do balanço composta pelos recursos de que dispõe uma empresa (os capitais próprios realizados pelos accionistas, as provisões para risco e encargos, bem como as dívidas). do crescente movimento dos jovens judeus anti-sionistas) [1]. Em todos estes casos basta a mais ligeira crítica dirigida contra as políticas do governo israelita ou o mais pequeno apoio à causa palestiniana, para que seja lançado contra o «culpado» um ataque político-mediático em forma, próximo da linchagem pública, com a acusação de ser … anti-semita. E como se tudo isto não bastasse, vários governos de direita da União Europeia (UE) e também dos estados federados dos EUA deram ultimamente mais um passo adiante, ao adoptarem leis que, em nome da luta contra o anti-semitismo, proíbem e criminalizam qualquer crítica contra as políticas desumanas dos governos – de extrema direita – israelitas…

Uma vez que o único critério para a classificação de «anti-semitismo» parece ser o posicionamento em relação a Israel e seus governos, chegamos à seguinte situação tragicómica: que os diversos Netanyahu e seus associados honram como «amigos de Israel» e «aliados estratégicos» do Estado judaico os racistas e anti-semitas declarados, como sejam os governantes da Polónia, da Hungria e da Eslovénia, como o ex-presidente dos EUA Donald Trump, os extremistas de direita europeus Salvini, Wilders, Dewinter ou como os evangélicos americanos e quejandos. Para cúmulo, são denunciados como «anti-semitas» pessoas anti-racistas e antifascistas bem conhecidas que em muitos casos passaram a vida a lutar contra anti-semitas como … os actuais «amigos de Israel»!

Eis a razão pela qual o «aliado estratégico» e grande amigo de M. Netanyahu e seus epígonos políticos, o primeiro-ministro húngaro Victor Orban, poderia denunciar e levar a julgamento por … antisemitismo o judeu Albert Einstein, que ousou dizer e escrever coisas «inconcebíveis», publicadas no New York Times há 73 anos:

Carta ao New York Times
Novo Partido Palestiniano
A visita de Menahem Begin e os objectivos do seu movimento político

Aos editores do New York Times

Entre os fenómenos políticos mais inquietantes da nossa época conta-se a emergência, no interior do Estado de Israel, recentemente criado, do «Partido da Liberdade» (Tnuat Haherut), um partido político que se assemelha muito, na sua organização, nos seus métodos, na sua filosofia política e nas suas pretensões sociais, aos partidos políticos nazis e fascistas. Foi criado por membros e simpatizantes do antigo Irgun Zvai Leumi, uma organização chauvinista, direitista e terrorista existente na Palestina.

A visita em curso, aos Estados Unidos, de Menachem Begin, chefe desse partido, tem por objectivo manifesto criar a impressão de que existe um apoio norte-americano ao seu partido nas próximas eleições israelitas e reforçar os laços políticos com os elementos sionistas conservadores norte-americanos. Vários americanos de reputação nacional emprestaram o nome para apoiar esta visita. É inconcebível que quem luta contra o fascismo em todo o mundo, tão correctamente informados sobre o passado do Senhor Begin e suas ambições, possa juntar o seu nome ao apoio ao movimento que ele representa.

Antes que haja danos irreparáveis causados por contribuições financeiras, manifestações públicas de apoio a Begin e da criação, na Palestina, da impressão de que uma grande parte da América apoia os elementos fascistas em Israel, a opinião pública americana tem de ser informada sobre o passado e os objectivos de M. Begin e do seu movimento.

As afirmações públicas do partido de M. Begin escondem o seu verdadeiro carácter. Hoje, falam de liberdade, democracia e anti-imperialismo, mas há pouco tempo atrás professavam abertamente a doutrina do estado fascista. É nas suas acções que o partido terrorista trai as suas reais aspirações. É à luz das suas acções passadas que podemos julgar o que deles podemos esperar no futuro.

Ataque a uma aldeia árabe

Encontramos um exemplo chocante no que eles fizeram contra a aldeia árabe de Deir Yassin. Esta aldeia, situada longe das estradas principais e rodeada de terras judias, não tomou parte na guerra e até combateu grupos árabes que tencionavam estabelecer uma base nessa aldeia. A 9 de abril, segundo o New York Times, grupos terroristas atacaram essa pacífica aldeia, que em nada constituía um objectivo militar nesse conflito, e mataram a maior parte dos seus habitantes (240 pessoas: homens, mulheres e crianças), e pouparam a vida a alguns, a fim de os exibirem como prisioneiros nas ruas de Jerusalém. A maior parte da comunidade judaica ficou horrorizada com esta demonstração e a Agência Judaica enviou um telegrama com um pedido de desculpas ao rei Abdullah da Cisjordânia. Entretanto os terroristas, longe de lamentaram o seu gesto, mostraram-se orgulhosos do massacre, do qual fizeram grande publicidade, e convidaram todos os correspondentes estrangeiros presentes no país a verem as pilhas de cadáveres e os estragos causados na aldeia de Deir Yassin.

O incidente de Deir Yassin ilustra o carácter e as acções do Partido da Liberdade.

No interior da comunidade judaica, pregam uma mistura de ultranacionalismo, misticismo religioso e superioridade racial. À semelhança de outros partidos fascistas, ganharam o hábito de romper greves e exerceram eles próprios pressões no sentido de eliminar os sindicatos independentes. De caminho, propuseram a criação de sindicatos corporativos, segundo o modelo da Itália fascista.

Nos últimos anos de violência esporádica contra os interesses britânicos, os grupos IZL e Stern inauguraram um reinado de terror no seio da comunidade judaica da Palestina. Houve professores espancados por terem falado contra eles, adultos abatidos por não terem autorizado os seus filhos a juntarem-se a eles. Os terroristas utilizaram métodos de gangster, espancamentos, montras partidas e numerosos assaltos para intimidar a população e extorquir grandes somas de dinheiro.

Os membros do Partido da Liberdade não desempenharam qualquer papel nos acontecimentos criativos da Palestina. Não recuperaram qualquer terra, não construíram colónias, limitaram-se a enfraquecer a actividade defensiva judaica. Os seus esforços pela imigração, baseados sobretudo em publicidade, revelaram-se insignificantes e orientados principalmente em trazer para a Palestina os seus compatriotas fascistas.

Discrepâncias evidentes

As discrepâncias entre as pretensões expressas actualmente por Begin e seu partido, e a história das suas acções passadas na Palestina ostentam a marca de um partido político que não é como os demais. É a marca indiscutível de um partido fascista que recorre a meios como o terrorismo (contra os Judeus, os Árabes, assim como os Britânicos) e a falsificação, para alcançar os seus fins: o «Estado Dominante».

À luz destas considerações, é imperativo que a verdade, em relação ao Sr. Begin e ao seu movimento, seja conhecida neste país. Nada mais trágico do que constatar que a direcção do Sionismo Americano recusou fazer campanha contra os esforços de Begin, ou expor aos seus próprios eleitores os perigos que representa para Israel o apoio a Begin.

Por conseguinte, os abaixo-assinados recorrem a este meio para apresentarem publicamente alguns dos feitos marcantes do Sr. Begin e do seu partido, e para incitar todas as pessoas responsáveis a não apoiarem esta derradeira manifestação do fascismo.

Isidore ABRAMOWITZ, Hannah ARENDT, Abraham BRICK, Rabbi Jessurun CARDOZO, Albert EINSTEIN, Herman EISEN, M.D., Hayim FINEMAN, M. GALLEN, M.D., H. H. HARRIS, Zelig S. HARRIS, Sidney HOOK, Fred KARUSH, Bruria KAUFMAN, Irma L. LINDHEIM, Nachman MAISEL, Seymour MELMAN, Myer D. MENDELSON, M.D. Harry M. OSLINSKY, Samuel PITLICK, Fritz ROHRLICH, Louis P. ROCKER, Ruth SAGIS, Itzhak SANKOWSKY, I.J. SHOENBERG, Samuel SHUMAN, M. SINGER, Irma WOLFE, Stephan WOLF.

New York, 2 dezembro 1948

A grande importância desta carta não assenta tanto no facto de personalidades como Einstein [2] e Hannah Arendt qualificarem Begin e o seu partido como «fascistas», ou seja, fazerem uma coisa que seria hoje em dia mais que suficiente para os media lhes pespegarem o infame estigma de anti-semitas e vários Estados da nossa Europa Unida os perseguirem judicialmente. O mais importante é que os avisos constantes nessa carta pública se confirmaram plenamente nos últimos 40 anos, e continuam a ser confirmados dia após dia em Israel e em todo o Médio Oriente, com as consequências trágicas que conhecemos.

De facto, o «fascista» e «terrorista» Menachem Begin de 1948 é o mesmo Begin que, 29 anos mais tarde (1977), vem a ser primeiro-ministro de Israel! E fá-lo à cabeça de um novo partido, o Likud, que tem como base constitutiva o seu velho partido Liberdade (Herut), que Einstein e Arendt denunciaram em 1948 como «fascista»! Mas o mais importante é que desde então (1977) é exactamente esse Likud que governa o país e monopoliza o poder, uma vez que o confronto fratricida – frequentemente muito violento – no seio do movimento sionista, que durou quase um século (!), terminou com a vitória total do Likud e o quase desaparecimento do Partido Trabalhista dos fundadores do Estado de Israel…

Mas não se trata só de Begin, fundador e chefe da organização «terrorista» Irgun. O seu sucessor na direcção do governo israelita e do Likud, Yitzhak Shamir, destacou-se como dirigente da ainda mais direitista e terrorista cisão interna do Irgun, a organização Stern, que, segundo a carta aberta de Einstein e Arendt, recorrendo «a métodos de gangsters… inauguraram um reinado de terror no seio da comunidade judaica da Palestina»! Um «reinado de terror» que custou a vida a milhares de palestinos árabes e judeus…

E que dizer daquele que durante mais tempo ocupou o lugar de primeiro-ministro em Israel, o presidente do Likud Benyamin «Bibi» Netanyahu? Será proveniente da mesma matriz «fascista» que engendrou Begin, Shamir e os outros dirigentes israelitas de extrema direita? Embora seja muito mais novo do que os outros dois, Netanyahu tem relações directas e até familiares com as tendências mais extremistas e descaradamente fascistas – e mais tarde separatistas – do sionismo «revisionista», já de si muito à direita, inspirado, fundado e dirigido por Ze’ev Jabotinsky há um século. De facto, o pai de «Bibi», que foi secretário de Jabotinsky, seguiu Abba Ahimeir quando este entrou em conflito com Jabotinsky, que rejeitou a sua proposta de tornar-se um … Mussolini judeu à cabeça de um partido sionista claramente fascista [3]. Estreito colaborador desse ideólogo e teórico fascista, o pai de «Bibi» dirigiu as publicações da organização de Ahimeir, o qual alimentou laços bastante estreitos com a Itália fascista de Mussolini, mas não conseguiu fazer o mesmo com a Alemanha nazi, embora não tenha hesitado em fazer o elogio de Hitler em 1933!

Embora nunca tenha tido grande base popular, Ahimeir influenciou directa ou indirectamente todos quantos formaram o Israel actual. Não se trata apenas do seu culto da violência bruta, do seu nacionalismo extremo e das suas teorias racistas, que impregnaram organizações como o Irgun de Menachem Begin. É preciso ver que a organização Stern foi o seu «filho espiritual», como aliás também foi o seu chefe militar, o futuro primeiro-ministro de Israel Yitzhak Shamir. Benzion Netanyahu, que foi «discípulo» e colaborador íntimo de Ahimeir, influenciou como ninguém seu filho Benyamin. E talvez não só seu filho, mas também o filho de seu filho, o tristemente célebre neto Yair Netanyahu, cuja obra escandalosa ficou para a história, as suas caricaturas anti-semitas e as suas simpatias neofascistas, recompensadas pelos Alemães e Americanos que o chamam … «irmão» e o consideram um herói!

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Aí está porquê os avisos sobre as desgraças que o «fascismo» e o «terrorismo» de Begin e do seu partido iriam provocar, contidos na carta aberta de Albert Einstein e Hannah Arendt, permanecem extraordinariamente actuais 73 anos passados. E é exactamente porque os sucessores de Begin à cabeça do Likud e de Israel são da mesma laia, continuadores da sua obra, discípulos do pensamento dos seus mestres e depositários do mesmo património ideológico, político e organizativo, que tudo quanto eles fazem actualmente em Israel, no Médio Oriente e no mundo inteiro não é fruto da improvisação nem de astúcias ocasionais. São escolhas políticas que obedecem à «lógica» de uma corrente política extremamente perigosa, a corrente «revisionista» do movimento sionista, que tem por detrás de si uma história secular…

As «alianças estratégicas» e os namoricos de Netanyahu e dos seus amigos com a ralé internacional de anticomunistas e racistas declarados, que «por coincidência» são também anti-semitas declarados, são realmente surpreendentes e contra-natura? Não, de forma alguma, visto que o primeiro a praticar essas «alianças contra-natura» foi o próprio fundador e teórico do revisionismo sionista, Ze’ev Jabotinsky, que, levado pelo seu ódio visceral à Revolução Russa, chegou ao ponto de firmar uma aliança com o chefe da guerra nacionalista e anticomunista ucraniano Petliura, cuja armada cometeu em 1917-1922 … 897 pogroms antijudaicos que massacraram pelo menos 30.000 judeus ucranianos! De resto, o mesmo anticomunismo patológico levou os discípulos e sucessores de Jabotinsky a namoriscar, e até a firmar alianças ocasionais, com Mussolini e até com Hitler! E tudo isto com uma linha de raciocínio que foi actualizada hoje pelo infame Yair, o filho de «Bibi» Netanyahu, ao declarar «prefiro os neonazis aos Antifa e aos bandidos do Black Lives Matter»…

O mesmo se aplica, evidentemente, ao culto da violência brutal e ao ódio profundo aos palestinianos que os dirigentes israelitas alimentaram nas últimas décadas. Mais uma vez, não estão a inventar nada de novo, pois tudo o que fizeram foi repetir as práticas das organizações a que dizem pertencer e de que ainda se orgulham: as terroristas e fascistas Betar, Irgun e Stern. No entanto, há uma diferença importante entre o passado e o presente: ontem, Jabotinsky, Ahimeir, Begin e Shamir não eram de todo «apresentáveis» e o establishment político internacional evitava a sua companhia, se não mesmo os condenava abertamente. Por outras palavras, eram desprestigiados…

Actualmente, as coisas são muito diferentes. Os difamados «fascistas» e «terroristas» de 1948 tornaram-se não só «amigos» e aliados apresentáveis, mas também – e cada vez mais – parceiros estratégicos privilegiados dos que governam este mundo, e até torres dos seus impérios! E o pior é que os «fascistas» e «terroristas» de ontem estão agora mesmo a impor as suas opções antidemocráticas e autoritárias à maioria dos governos ocidentais!

Por isso, terminamos este texto como o começámos. Com Einstein e os seus avisos. Poucos dias depois do massacre de Deir Yassin, os representantes nos Estados Unidos das organizações que tinham cometido o massacre tiveram a brilhante ideia de contactar Einstein para lhe pedir apoio. A resposta do grande cientista judeu, que infelizmente permanece em grande parte desconhecida, foi quase lacónica, apenas 50 palavras:

M. Shepard Rifkin, Director executivo
Amigos Americanos dos Combatentes pela Liberdade de Israel

Caro Senhor,

Quando formos surpreendidos por uma catástrofe real e final na Palestina, os primeiros responsáveis serão os Britânicos e os segundos serão as organizações terroristas nascidas nas nossas fileiras.
Não tenciono aproximar-me de quem quer que seja que esteja associado a pessoas que vão por maus caminhos e são criminosas.

Sinceramente,
Albert Einstein

Infelizmente, tudo indica que Einstein tinha novamente razão. Com os britânicos há muito esquecidos, são de facto os epígonos das «organizações terroristas» de 1948 que conduzem inapelavelmente Israel – que eles governam – para a «catástrofe final»! Um Israel que pode ser agora mais poderoso e arrogante do que nunca, mas que, ao mesmo tempo, está a atravessar a maior crise existencial da sua história, apodrecendo e desintegrando-se por dentro. A contagem decrescente já começou e a hora da verdade está a aproximar-se...


Tradução: Rui Viana Pereira

Notas

[1Ver os nossos artigos «Une nouvelle génération de Juifs américains contre Trump et Netanyahou!», https://cadtm.org/Une-nouvelle-generation-de-Juifs. E também «Des brèches béantes dans la sainte alliance américano-israélienne!», https://cadtm.org/Des-breches-beantes-dans-la-sainte-alliance-americano-israelienne.

[2Einstein poderia ter sido presidente de Israel, se tivesse aceitado sê-lo em novembro de 1952, proposta que lhe foi apresentada pelo fundador do Estado de Israel, David Ben Gourion, para suceder na Presidência de Israel a Haïm Weizmann, que acabara de morrer.

[3Jabotinsky não era fascista, mas Mussolini era de outra opinião ao declarar em 1935 ao futuro grande rabino de Roma, Davide Prato: «Para que o sionismo vingue, vocês precisam de um Estado judeu. A pessoa que compreende tudo isso é o vosso próprio fascista, Jacobinsky».

Yorgos Mitralias

jornalista, Yorgos Mitralias é membro fundador do Comitê contra a Dívida Grega, organização afiliada do Comitê para a Anulação das Dívidas Ilegítimas (CADTM) e da Campanha grega para a auditoria da dívida.

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