6 de Julho de 2016 por Eric Toussaint
Caras amigas, caros amigos, caros camaradas,
O 05 de julho de 2015 será lembrado como um dia em que o povo grego expressou mais uma vez de maneira muito clara a sua rejeição à continuação dos memorandos. A maioria clara que resultou do referendo mostrou que o povo grego mandatava o governo no sentido de se opor com mais firmeza à continuação da destruição dos bens comuns e dos direitos económicos, sociais, culturais, civis e políticos das pessoas. Por toda a Europa e no mundo numerosas forças olharam para a Grécia na noite de 5 de Julho com grande esperança.
Para respeitar a vontade popular, seria preciso implementar um plano alternativo à capitulação. Seria preciso tomar medidas firmes: a suspensão do pagamento da dívida, a socialização dos bancos, a criação duma moeda complementar ao euro, fazer com que os ricos paguem mais impostos, reduzir os impostos que afetam a maioria das pessoas, aumentar a despesa pública para responder melhor à crise humanitária e apelar à mobilização popular. Seria necessário ter como base de sustentação os resultados apresentados 15 dias antes pela comissão para a verdade sobre a dívida pública, criada pela então Presidente do Parlamento grego, onde o Syriza depositava na altura as esperanças do povo. Como sabem, essa Comissão composta por 15 estrangeiros e 15 gregos tinha realizado um trabalho muito importante no sentido de dar argumentos às autoridades do país para suspenderem o pagamento da dívida e imporem uma redução radical desta.
Um ano após o 5 de julho de 2015, saúdo os manifestantes que resistem ao 3ª memorando. A luta continua. É preciso abolir as dívidas ilegítimas. É preciso construir uma alternativa unitária à capitulação.
Viva a mobilização popular!
Eric Toussaint, ex-coordenador científico da Comissão para a verdade sobre a dívida pública grega, porta-voz internacional do Comité para a abolição das dívidas ilegítimas (CADTM)
Tradução: Rui Viana Pereira, Maria da Liberdade
docente na Universidade de Liège, é o porta-voz do CADTM Internacional.
É autor do livro Bancocratie, ADEN, Bruxelles, 2014,Procès d’un homme exemplaire, Editions Al Dante, Marseille, 2013; Un coup d’œil dans le rétroviseur. L’idéologie néolibérale des origines jusqu’à aujourd’hui, Le Cerisier, Mons, 2010. É coautor com Damien Millet do livro A Crise da Dívida, Auditar, Anular, Alternativa Política, Temas e Debates, Lisboa, 2013; La dette ou la vie, Aden/CADTM, Bruxelles, 2011.
Coordenou o trabalho da Comissão para a Verdade sobre a dívida pública, criada pela presidente do Parlamento grego. Esta comissão funcionou sob a alçada do Parlamento entre Abril e Outubro de 2015.
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