10 de Fevereiro de 2011 por CADTM International
Dacar, 9 fev (EFE).- A seção tunisiana do Comitê para a Anulação da Dívida do Terceiro Mundo (CADTM) lançou nessa quarta-feira em Dacar uma campanha internacional para o perdão a dívida contraída pelo ex-presidente Zine el Abidine Ben Ali.
«Lançamos a partir de hoje uma campanha internacional para a anulação da dívida odiosa contraída pelo presidente Ben Ali que fugiu como um ladrão vulgar devido à revolução lançada em 17 de dezembro», disse Fathi Chamki, porta-voz da seção tunisiana do CADTM, em entrevista coletiva.
«A soberania nacional da Tunísia passa pela recusa em reembolsar a dívida», afirmou Chamki, que faz parte da delegação tunisiana no 11º Fórum Social Mundial de Dacar.
Segundo o porta-voz, trata-se de libertar o povo desta dívida para dedicar os fundos a projetos prioritários, como a criação de postos de trabalho para resolver a questão do desemprego que afeta a juventude do país.
Fathi criticou a atitude do novo governador do Banco Central Banco central Estabelecimento que, num Estado, tem a seu cargo em geral a emissão de papel-moeda e o controlo do volume de dinheiro e de crédito. Em Portugal, como em vários outros países da zona euro, é o banco central que assume esse papel, sob controlo do Banco Central Europeu (BCE). tunisiano, Mustafa Kamel Nabli, que assim que foi nomeado anunciou que o país pagará a metade de sua dívida pública Dívida pública Conjunto dos empréstimos contraídos pelo Estado, autarquias e empresas públicas e organizações de segurança social. a partir de abril.
O presidente do CADTM, Eric Toussaint, que participou da entrevista coletiva ao lado de Fathi, expressou seu total apoio à campanha lançada pelos tunisianos, aos quais encorajou a refletir sobre o exemplo do Equador, país que se negou a pagar parte de sua dívida externa.
Além da Tunísia, Toussaint convidou os países africanos a adotar atitudes firmes com relação à dívida, como também fez durante dez anos a Argentina, e denunciou o tratamento discriminatório apresentado por parte dos países ricos, mencionando a anulação de 80% da dívida do Iraque em cumprimento de um pedido dos Estados Unidos.
«Por que não foram anuladas as dívidas contraídas pela África do Sul durante a época do Apartheid na África do Sul e pela República Democrática do Congo sob o regime de Mobutu?», questionou Toussaint.
Photo: Fathi Chamki, Eric Toussaint, Luc Mukendi.
11 de Abril, por CADTM International
2 de Dezembro de 2020, por Eric Toussaint , CADTM International , Jean Nanga , Christine Vanden Daelen , Sushovan Dhar , Maria Elena Saludas , Omar Aziki , Rémi Vilain
5 de Novembro de 2020, por CADTM International
17 de Outubro de 2020, por CADTM International
7 de Outubro de 2020, por CADTM International
15 de Janeiro de 2019, por CADTM International
27 de Dezembro de 2018, por CADTM International
20 de Novembro de 2017, por CADTM International
14 de Junho de 2016, por CADTM International
4 de Maio de 2016, por CADTM International
0 | 10