12 de Setembro de 2024 por CADTM , Collectif
Após seu cancelamento devido às inundações de Porto Alegre em maio de 2024, a 1ª Conferência Internacional Antifascista acontecerá ano que vem na capital gaúcha. Este atraso foi produto da crise climática, cujos efeitos na cidade sede foram terríveis ao ponto de que até os dias de hoje o aeroporto de Porto Alegre está fechado. O impacto foi enorme em perdas de vidas, de casas, de empregos, de memórias e de pertences. Tal tragédia, embora tenha nos forçado a adiar a Conferência, torna sua realização ainda mais necessária para combater uma das grandes expressões da extrema direita atual: o negacionismo climático.
Em maio do ano que vem estaremos em plenas condições para receber as delegações de todo o mundo que já estavam confirmadas, muitas já com passagens compradas e articulações concretizadas para fazer de Porto Alegre novamente um pólo de resistências e alternativas. Sendo assim, enviamos a convocatória original com a nova data para que construamos em unidade a 1ª Conferência Internacional Antifascista entre 15 e 18 de maio de 2025.
Há uma intensa disputa pelos projetos de sociedade em andamento. O povo brasileiro viveu a tragédia do governo Bolsonaro, tirando conclusões sobre o caráter genocida e autoritário de seu projeto.Conseguimos, com muita luta social e política, derrotá-lo eleitoralmente, embora o chamado bolsonarismo tenha uma força diária considerável, na sociedade, no nível institucional e estadual.
Com essa experiência traumática mas também reveladora, aprendemos a extensão da resiliência e da coordenação das forças de extrema direita no seu papel no resgate do capitalismo. Uma dimensão que ressoa com a coordenação internacional das correntes neofascistas e de extrema direita em geral que se organizam para competir num projeto global. Trump está qualificado para concorrer à presidência dos Estados Unidos com chances reais; Netanyahu promove um genocídio, reconhecido pela comunidade internacional, contra o povo palestino; Na vizinha Argentina, Milei promove um verdadeiro “laboratório” para desenvolver um plano de guerra contra a classe trabalhadora, os setores populares e a juventude, trabalhando para destruir direitos e conquistas históricas, tanto sociais quanto democráticas.
Em Porto Alegre, capital de importantes tradições e aspirações democráticas, procuramos criar uma experiência de unidade entre forças com presença militante e relevância na sociedade, no campo eleitoral e no campo político e ideológico mais amplo, indicando como prioridade a luta contra a extrema direita em múltiplas frentes, com base em acordos importantes, respeitando, logicamente, as diferenças.
A partir da iniciativa do PSOL e do PT do Rio Grande do Sul, convocamos as forças antifascistas internacionais a abrirem um diálogo que possa enfrentar a destruição promovida pelos arautos do conservadorismo ultraliberal, priorizando a unidade nas ruas contra toda a extrema direita. Porto Alegre foi o núcleo da resistência popular que derrotou um golpe de Estado em 1961, foi palco no início deste século do Fórum Social Mundial, que reuniu diferentes espaços da ampla esquerda e das organizações sociais. Foram dezenas de milhares que participaram desse processo de construção unitária por outro mundo.
Para além das diferentes visões sobre essa experiência, queremos agora dar um passo, um passo em frente, um passo necessário. As mobilizações e grandes lutas sociais contra a extrema direita e os seus planos são a outra face da moeda da situação internacional. Centenas de milhares saem às ruas na Alemanha contra o partido neonazista, nos cinco continentes contra o genocídio do povo palestino e, na Argentina, com uma resistência massiva de trabalhadores e populares contra Milei. A primeira greve geral do ano, em janeiro, convocou uma mobilização nacional massiva que foi muito além das centrais sindicais organizadoras, reunindo nas ruas diferentes setores de trabalhadores, bairros, grupos de assembleias, culturais, mídia, juventude e trabalhadores em geral, todos eles, mais a esquerda em seu amplo espectro, unindo-se numa mobilização, numa verdadeira frente única para derrotar Milei. Essa mobilização mudou a situação e finalmente todas as leis reacionárias que Milei pretendia impor acabaram caindo no Congresso.
É a partir dessas lutas que queremos coordenar e nos reunirmos em maio em Porto Alegre, para organizar e debater como realizar, nas ruas e em diferentes espaços, uma luta capaz de derrotar as expressões de extrema direita e o fascismo, abrindo o caminho para a solidariedade entre os povos em luta, a defesa dos direitos sociais e económicos e das liberdades democráticas, do ambiente, da ciência e da arte e contra todas as formas de exploração, xenofobia ou qualquer outro tipo de opressão.
Apelamos a todas as organizações, personalidades, movimentos e atores políticos que queiram aderir, que façam parte deste espaço e desta iniciativa!
Laura Sito – Presidenta do PT de Porto Alegre
Roberto Robaina – Presidente do PSOL Porto Alegre
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