14 de Novembro de 2017 por Eric Toussaint
Desde o início do século XIX, numerosos Estados perderam a sua autonomia, da América Latina à Tunísia, Egipto, Império Otomano, sem esquecer a Grécia. A dívida foi utilizada como uma arma de dominação e de espoliação.
Contrariamente à narração dominante, os países da periferia endividados não são responsáveis pelas crises das dívidas soberanas, que na maioria das vezes têm origem nos países capitalistas mais poderosos e se transformam em crises de grande escala, com impacto nos países periféricos. Não são as despesas públicas excessivas mas sim as condições impostas pelos credores que provocam a acumulação de dívidas insustentáveis. As crises da dívida e as suas consequências são geridas em proveito dos grandes bancos e dos governos das grandes potências, que os apoiam. As classes dominantes dos países endividados são cúmplices.
Esta ditadura da dívida não é inelutável. No decurso dos dois últimos séculos, vários países repudiaram a sua dívida com sucesso. Éric Toussaint passa em revista os repúdios realizados pelo México, EUA, Cuba, Costa Rica e Rússia Soviética.
Esta cronologia cativante, apresentada sob a forma duma linha do tempo ilustrada, dá-nos pontos de referência indispensáveis para compreendermos a mecânica implacável da dívida e a evolução do mundo capitalista ao longo dos dois últimos séculos.
Para melhor compreender esta linha do tempo, é recomendável ler o livro Le Système dette (ed. Les Liens qui Libèrent).
Para saber mais:
RÚSSIA:
MEDITERRÂNEO:
AMÉRICA LATINA:
ESTADOS UNIDOS:
EUROPA:
ASPECTOS JURÍDICOS:
OUTROS:
Disponível em breve: O novo livro de Éric Toussaint sobre a história das dívidas soberanas e do seu repúdio: Le Système Dette. |
docente na Universidade de Liège, é o porta-voz do CADTM Internacional.
É autor do livro Bancocratie, ADEN, Bruxelles, 2014,Procès d’un homme exemplaire, Editions Al Dante, Marseille, 2013; Un coup d’œil dans le rétroviseur. L’idéologie néolibérale des origines jusqu’à aujourd’hui, Le Cerisier, Mons, 2010. É coautor com Damien Millet do livro A Crise da Dívida, Auditar, Anular, Alternativa Política, Temas e Debates, Lisboa, 2013; La dette ou la vie, Aden/CADTM, Bruxelles, 2011.
Coordenou o trabalho da Comissão para a Verdade sobre a dívida pública, criada pela presidente do Parlamento grego. Esta comissão funcionou sob a alçada do Parlamento entre Abril e Outubro de 2015.
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